sexta-feira, 18 de abril de 2008

Passatempo

O teu passatempo
O teu refugio da solidão
Fazes-te passar por tanta coisa boa
E desiludes
Assim, do nada
Quero acabar com isto
Com estas tardes de “amor”
Que “amor”?
Não existe amor
Existe desejo
É isso que sentes
Desejo
Não te prendes a mim
Sou uma “puta”
Que pegas e largas
Quando matas o desejo
Não te quero mais
Não te posso querer mais
Sinto-me “porca”
Sinto-me “usada”
“Suja”
A pior pessoa que existe
Fazes-me assim
Tudo de mau
Rancorosa
Odeio-te
Não, eu não te odeio
Sinto-te em mim
Pedaço de mim desvanecesse
Não te quero mais
A tocar-me
A beijar-me
A abraçar-me
A sentir as tuas mãos no meu corpo
A sentir desejo de mim
Não te quero
Vou acabar com isto
Acredita …
Vou terminar esta encenação
Até ao fim
Em que a tua máscara cai
E a minha continua intacta
Sem que ninguém me possa julgar
Sem que ninguém me possa ajudar
E tu ficas em mim
Como um erro
Como algo bom
Ficas em mim
Como uma parte da minha encenação
Nesta miserável vida de acobardados …

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